Jogar futebol foi mais difícil do que Cody pensava que seria. Ele não era tão bom no futebol na vida real quanto era no videogame de futebol. Muito trabalho. Muito suando.
Cody chora e faz birra para evitar ir ao treino. Ele faz a menor quantidade possível durante os jogos. Ele exibe tanta agitação quanto uma preguiça de três dedos em um dobrador de Vicodin. Quando sua equipe perde, os pais de Cody o consolam e culpam os árbitros. Eles compram sorvete para ele após o jogo e exibem orgulhosamente seus troféus de participação em seu quarto.
Cody é só uma criança. Mas ele também é uma criança que pode nunca aprender a ser um homem. A menos que algo mude, ele nunca será um líder, um inovador ou um jogador revolucionário em qualquer campo. Ele foi criado por uma sociedade pacificadora para ser um tomador que se intitula, um reclamante mimado e culpado profissional. Ele vai crescer pensando que é especial apenas por aparecer. Ele vai pensar que o resto do mundo deve algo a ele. E quando ele não entende, ele reclama, reclama de "justiça" e geralmente torna a vida de outras pessoas miserável.
Ou talvez não.
Talvez um dia, o pudgeball Cody entre na academia local e decida pegar uma barra. Ele vai descobrir, para sua consternação, que quanto menos esforço aplicar, menos resultados obterá. Ele ficará surpreso que seu talento em dar desculpas não se transfira para adicionar peso à barra. Ele ficará chocado com a relação simbiótica entre suor e sucesso. A barra vai lhe ensinar coisas, e ele vai odiar a barra pela educação que está forçando suas delicadas sensibilidades.
Talvez Cody aprenda que suas ações, ou a falta delas, influenciam diretamente sua força, porcentagem de gordura corporal, desempenho e massa muscular. Ele vai aprender que ninguém mais pode levantar o peso por ele. Não há equipe para compensar sua preguiça. Ninguém vai enfiar os alimentos certos em sua boca. Ele terá que tomar decisões, e seu progresso dependerá de fazer escolhas inteligentes.
Uma lâmpada pode se apagar e ele vai entender que, se falhar, é tudo culpa dele. Ele vai descobrir a relação inversa entre desculpas e progresso, e isso será doloroso e chocante para ele, como um tapa na cara. Isso pode levá-lo à descoberta de suas bolas. Depois que eles caírem, ele vai se perguntar como está se saindo sem eles todos esses anos.
Conforme seu corpo muda, ele se sentirá recompensado por seu trabalho árduo. Ele compreenderá que a disciplina, o autocontrole e o esforço contínuo lhe darão as coisas que deseja. Ele vai pensar: "Ei, se eu posso fazer meu corpo fazer o que eu quero, se eu posso construir músculos e perder gordura e ficar mais forte, o que mais eu posso fazer?”
E então ele saberá que a luta vale a pena. Esse esforço é recompensado e que a aplicação de células cerebrais aos problemas traz benefícios. E vai se sentir bem, muito bom, saber que ele mesmo fez isso, que foi difícil pra caralho, e ele apreciado que era difícil pra caralho porque tornava a recompensa muito mais doce. Ele ficará viciado naquele sentimento de realização e autossuficiência.
Cody aplicará essas lições para o resto de sua vida: sua educação, sua carreira, seus relacionamentos. Ele verá os obstáculos como oportunidades. Ele ficará ávido por aquele sentimento de sucesso. E ele logo vai querer espalhar o evangelho do trabalho bom, honesto, árduo e gratificação atrasada. Ele se tornará um modelo e um mentor.
Ou ele pode crescer e ser apenas mais um pantywist abraçando sua merecida vitimização. Boo-hoo. Mas esperemos que não.
Uma coisa é verdade: a barra tem aulas para todos. Tudo o que eles precisam fazer é pegá-lo e sangrar.
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